terça-feira, 13 de setembro de 2011

Poesia não existe.

Escrever é preencher o vazio.
Dizer nada de forma coerente.

Igual a vida, o nada mais cheio de sentido que existe.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

Dois.

No espaço de tempo o pouco parece muito. 
Curta cronologia; longa vivência. 
Período suficiente para o novo.  Aprendizado mútuo. 

Sem alarde
o caminho se
 constrói
pavimentado
pelo verbo dos nossos passos.

Dois é sempre maior que um.
E que seja assim.

Um
      pé
por
      vez. 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rodovia.

Gente que vai
Passageiro que fica
Tempo que voa
Relógio que trinca.

Um caminho, um destino, um lugar.
Um motivo pra ficar na rodovia do meu lar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Garoa.

Terra da garoa e das enchentes. Faço desse caos o meu aconchego.
Aqui o relógio passa depressa, o caminhar alucina a noite que cai fria.
Em meio às tribos, a diversidade que torna o japonês e o nordestino conterrâneos do mesmo asfalto.
Querida e odiada, agitada e travada. São Paulo é assim, contraste o tempo todo. O verde do Ibirapuera e o cinza do centro, a favela de muitos e o luxo de poucos.
Essa metrópole não para, aqui a cultura faz virada, o esporte lota estádios e a paixão junta os distantes.
Apesar de todas as mazelas, aqui é onde meu coração resplandece.
Essa é a grande São Paulo, que não é só dos Paulistanos, é de quem quiser.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Não existe.

Cada vez mais acredito que o amor não existe, é coisa de cinema, da literatura, da música. Não é real. Desde pequeno nos acostumamos a ver o amor idealizado. Casais utópicos que vencem milhares de barreiras para viverem juntos. Esses são os tais amores campeões de bilheteria.
Não estou descartando relacionamentos, não abro mão do contato a dois de jeito nenhum, mas ando achando que essa coisa de “felizes para sempre” não existe. A convivência entre pessoas cria desgaste, sejam elas namorados, colegas de trabalho ou família. É natural do ser humano.
Sensação boa é a de começo, o processo de descobertas, risadas e falta de preocupação. Mas infelizmente isso passa.

Bom, não se preocupem com minha atual descrença no amor, meu esporte favorito é a contradição.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Avoado.

Tem alguma coisa diferente em mim. Um tal de déficit,
E existe até remédio pra me “consertar”.
Mas pra que se não há nada quebrado?
Diferente não é errado, jeito não é defeito.

Prefiro viver fora de foco do que ser artificial,
E eu até gosto assim, meio no céu, meio sem teto.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Palidez.

Meu coração é uma bomba prestes a explodir
Vai espirrar sangue para todos os lados
Mas existe um porém
Eu sou hemofóbico.

Quem vai segurar o baque?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sem foco.

Andei por uma, duas ruas, mas todos os rostos eram iguais. Não enxergo mais ninguém.
O problema é na visão ou na memória?

Perdi o amor e agora não sei onde encontrar.