domingo, 31 de outubro de 2010

Pra Paulistano ver.

Andando pela Avenida procuro um rosto amigo, inimigo da Consolação.
Em vão, passo livre pelo Masp, procuro algo doce, um Brigadeiro?

De Itu a Santos chego ao Sesc, esquece, não estava lá.
Lembrei-me da Angélica que vive perto daqui, pensei na Augusta que é sempre tão Bela, sinta!

- Benedito Calixto, há um Lobo na Haddock! Será que foi pra Jaú?

Sempre com pressa vim para debaixo da terra. Nada de chegar à Independência, consegue ouvir o Grito?

Vou agora atrás da Liberdade.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Garrancho.

A vida não é poesia, não é conto, mais que isso, a vida é um eterno rascunho.
Tenho mania de querer ser personagem de romance, idealizo minhas escolhas e cuidadosamente determino o enredo, quanto mais ímpar, melhor.
Tomo sustos ao ver que não sou eu o único autor da história, co-autores vão e vêm o tempo todo.
No meu livro falta equilíbrio, Romantismo demais e Realismo de menos. Quero tudo de um jeito poético, utópico. Bobagem, sei que no final o protagonista vai se iludir e perder-se em si. Prefiro deixar isso pra depois. Viver ainda me basta enquanto eu for humano, minha memória não é póstuma.

Caso a caligrafia não agrade a todos, relevo, sempre haverá alguém que aprecie.
O que me conforta é que o protagonista (ainda) sou eu.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sete por oito.

Tento não deixar quebra
Do céu ao mar vou colo
Rir da vida para vi
Ver você passar aqui.

Posso dizer direta
Mente que guarda obses
São razões querendo flu
Ir atrás do meu amor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não sei sambar.

O compasso anda tão confuso que do refrão já esqueci.
Preciso voltar a cantar aquela canção perdida no ar.

Afinal, tô me guardando pra quando o carnaval chegar?
E esse samba? É de uma nota só?

Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ano que vem.

Eu vivo pensando no futuro para poder viver o presente. Passo horas e horas sonhando, até perco o sono.
Quero a vida ao seu lado, já cansei dessa solidão que é minha vida desde que eu resolvi me aventurar nessa coisa de amar. Se antes faltavam palavras para me declarar, hoje o que falta é o tempo passar. Essa saudade machuca, mas vai passar, eu sei que vai.
Penso num ano feliz, em outro lugar, mais perto dos meus desejos.

Quero uma música para viver um ano (que vem) maravilhoso. Meus dedos criando o arranjo e sua letra cantada na melodia.

sábado, 16 de outubro de 2010

É meu.

Defeito incomoda tanto.
Defeito incomoda tanto?
Se tem em mim, se tem no outro, por que incomoda tanto?

Incomodo é encontrar o mesmo defeito no outro.

-Esse já é meu, eu vi primeiro.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre toda aquela coisa de se conhecer (ou não).

Hoje eu pensei, olhei pros fantasmas sem me esquivar. Não me vitimizei, bati de frente com o medo e senti coragem.
Vi minhas angustias e meus exageros. Bateu um desespero. Mas, desespero de quê?

Às vezes me questiono, não acredito em tudo que digo. Digo pra mim? Digo pros outros?
Falo coisas pra contestar (necessidade ridícula de ser do contra), pareço criança teimosa. Rebeldia infantil, de quem só quer chamar a atenção e não sabe como.

Também posso dizer “não sei”. Percebi que não tenho opinião sobre tudo e prefiro abstrair a racionalizar.
O que existe? O que é ficção? Qual o valor do meu sentimento? E da minha inconstante razão?
Sei lá, prefiro ter dúvidas, perguntar e questionar. Não quero ter respostas pra tudo, não quero um plano infalível, arrependimento também é aprendizado. Gosto de correr riscos e sentir o desejo ardendo.

Deixo a intuição ativar minha adrenalina de sonhador. Tenho vontades fortes, bem definidas, essa imagem careta é uma mentira, um desrespeito a mim.
Quero voltar a sonhar como antes, sem me preocupar com o que está além dos meus atos. Acreditar no que o “Lucas do contra” costuma considerar banal, deixar isso num canto, um canto escuro que não é meu.

Quero mais é me desligar do exterior, deixar essa fantasia fajuta num brechó qualquer. Eu não nasci pra fazer sentido, eu nasci pra sentir.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Não sei.

Nunca entendi bem o “sentido da vida”. Nascemos fisicamente, enquanto isso, nossos pais renascem na gente, sonhando que sejamos permanentemente felizes, nos tornando “cidadãos de bem” (pura doença).
Afinal, qual a função de tudo isso, aonde isso leva? Se é que leva...
Pode até ser falta de otimismo da minha parte, mas não consigo idealizar os padrões que todos procuram. Vejo beleza nas coisas simples, no amor, nas diferenças. Deixo o requinte para os que vivem do sorriso forjado.
Basicamente, não acredito que a vida tenha sentido. Não acredito em vida após a morte. Não acredito em destino. Acredito apenas na efemeridade e em nossos atos.
Enquanto eu tiver consciência de mundo, vou vivendo, tentando não me preocupar (com o que irá deixar de ser). Eu realmente gostaria de ter fé e crer que existe um cara olhando por nós, mas sou realista demais para isso, esse conformismo não me cabe.

Às vezes temos orgulhos encravados e nem percebemos.
Deixe o outro viver, isso basta.